A série vem de uma nova medida que a marca está tomando, com um posicionamento mais humano e que incentiva as pessoas a ultrapassarem os limites impostos pelos outros e pela sociedade; o Do What You Can’t. A Samsung já havia mostrado esse posicionamento com seu outro documentário, o É Mais Jogo, que, com a ajuda do técnico Tite, incentiva a inclusão das crianças no futebol, principalmente das que ficam no banco ou são deixadas para serem escolhidas por último. A empreitada agora é mostrar como lugar de mulher não é apenas onde ela quiser, mas também é na tecnologia, um campo predominantemente masculino.
A ideia de inclusão da Samsung também age internamente, mas não com tanta força. Mesmo contando com um comitê para aumentar esse espaço, o Women At Samsung, apenas 40% dos trabalhadores são mulheres.
Tech Girls
O documentário, dirigido por Judith Belfer, conta a história de 7 mulheres, divididas em 3 capítulos de acordo com sua especialização dentro do mundo da tecnologia: ciência, games e empreendedorismo.
Dar espaço as profissionais mulheres não é só na frente das telas: a equipe de produção do minidoc é quase completamente feminina. De acordo com a diretor, das 10 pessoas envolvidas, 9 eram mulheres.
1º episódio: Ciência
O primeiro episódio da série traz duas mulheres representativas na ciência, a astrofísica Patricia Novais e a oncologista Paula Asprino. Desnecessário dizer que, em ambos os casos, homens recebem mais visibilidade por um trabalho medíocre do que uma mulher por um trabalho que beira a excelência. Provas? É só listar com quantos médicos homens você já se consultou na vida, ou quantos homens eram preferidos por seus familiares para recomendarem um doutor. E no campo da astrofísica, quantas mulheres você já leu sobre o assunto? Patricia Novais resumiu o que é ser mulher nesse campo acadêmico: https://www.youtube.com/watch?v=NS6ZafG2YHY
2º episódio: Games
O segundo episódio fala sobre as mulheres que jogam nos games online apresentando três mulheres que se destacam nas transmissões das partidas: Pam, Giu e Kalera. Quando uma mulher diz que gosta de jogar online, o primeiro reflexo homem é questionar isso. Pergunta sobre quem os maiores jogadores, quais as plataformas, qual todo o background que envolve a criação do jogo.
Porque ser mulher e jogar não é aceitável por um homem. Mas vocês sabia que 53,6% dos gamers são minas? E ainda assim homens se acham no direito de usarem isso para tentar diminuí-las durante uma partida, mandando elas pra cozinha ou usando até outras frases mais deploráveis. Porque um homem não consegue aceitar que uma mulher joga melhor que ele. E, para respeitar, a mulher tem que mostrar suas habilidades mais de 10x mais que ele. Como foi dito no teaser exibido durante a coletiva:
3º episódio: Empreendedorismo
Com a tecnologia, abriram-se portas para novos negócios e novas oportunidades para o jovem empreendedor. A mulher já não é respeitada pelos homens fazendo seu trabalho. Imagina tentando vender então uma ideia que ela criou? Precisa de muito mais esforço.
Eu admiro essas mulheres que tem força para sobreviver num tanque de tubarões que se tornam mais agressivos se sentem o cheiro do gênero delas.
Onde assistir
Os episódios ainda não estão disponíveis. O primeiro, Cientistas Brilhantes, vai ser lançado pela Samsung no dia 23 de abril, através do site da marca. Tech Girls pode ir para o cinema, inclusive; mas nada confirmado ainda. Enquanto a minissérie documental não chega, olha só o trailer: https://www.youtube.com/watch?v=FkSIFa6diRI