Foi identificado que quem mais obtêm esses produtos são os jovens, pertencentes a classe C e com baixa escolaridade. Ainda assim, há outro empecilho responsável pelo consumo de itens paralelos, isso porque os originais e falsos estão cada vez mais parecidos. De acordo com o SPC, 48% dos entrevistados já foram enganados com a autenticidade desses produtos.

Afinal, vale a pena comprar produtos eletrônicos falsos?

O preço pode até ser atraente, mas os problemas de produtos eletrônicos falsos são muitos. Geralmente as pessoas focam mais nas consequências à vida útil do eletrônico, contudo, o consumidor deve ter ciência que produtos falsificados também proporcionam risco a saúde do próprio usuário. Seja cabo, bateria, carregador, power bank ou fones de ouvido, comprar eletrônicos falsos não é o indicado. No caso do carregador para smartphone, o produto pode afetar o desempenho da bateria, fazendo com que ele forneça mais carga do que o necessário, gerando superaquecimento e explosão. Além disso, eles podem prejudicar o conector do celular. Diferentemente dos originais, cabos e carregadores falsos são mais lentos na hora de completar a carga, pois não há regulagem da tensão. O isolamento (material) ainda costuma ser frágil, e isso pode fazer com que o acessório derreta, além de danificar a tomada onde ele está ligado. No caso das baterias, elas também são propícias a gerar incêndios e explosões, o que difere das originais que garantem qualidade e segurança certificadas.
Diversos casos de explosão já foram reportados pelo mundo. Em 2017, no Vietnã, uma adolescente de 17 anos morreu eletrocutada enquanto dormia após encostar no fio encapado do carregador do smartphone, que era falsificado. Três anos antes, um norte-americano sofreu queimaduras após o carregador falsificado do celular explodir, destruindo a tomada e o próprio acessório. Carregador de smartphone paralelo e problemas na rede elétrica da residência são os principais causadores de incêndio. Também fica o alerta: evite usar o aparelho enquanto ele carrega, seja na tomada ou na porta USB. Diferentemente dos originais que passam por um teste rigoroso, fones de ouvido falsos podem causar danos severos à saúde auditiva, visto que o aparelho não segue um padrão de eficiência, tampouco possui identificação dos órgãos de qualidade. A durabilidade é outro fator a ser levado em consideração para você não comprar os eletrônicos de segunda linha. Eles costumam ter material fraco e o risco de danificar ou quebrar é muito grande. Logo, você terá de gastar ainda mais já que o conserto não é tão vantajoso assim. Antes de adquirir, lembre-se: “o barato sai caro”.

Como fugir dos eletrônicos falsos

Não é novidade para ninguém que a tributação sobre produtos e aparelhos originais é absurdamente alta no Brasil. A pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito ainda revela: se pudessem, oito em cada dez consumidores de acessórios falsos comprariam itens originais. Além do imposto, outro fator que favorece o preço alto está relacionado ao processo de avaliação para obter a certificação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), por exemplo. Como vantagem, o fabricante garante ao consumidor: garantia, vida útil prolongada e segurança para não prejudicar o aparelho. Como informamos no início da matéria, você pode encontrar eletrônicos muito semelhantes por aí – até mesmo o selo de homologação os falsificadores estão copiando bem. Em vista disso, fique atento aos detalhes e o local onde você pretende comprar. Busque por comércios de confiança e que forneçam nota fiscal. Se a desconfiança persistir, compre diretamente com o fabricante através de loja física ou virtual. É sempre bom frisar: devido a uma série de motivos (cópia, falta de segurança e outros), a legislação brasileira proíbe a venda de eletrônicos falsificados. Eles são caracterizados como pirateados. Embora haja a proibição e fiscalização, é comum ver esses equipamentos livremente à venda em comércios online e shoppings populares. A pirataria também é inimiga da economia. Segundo um levantamento de 2016 do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), essa prática gerou um prejuízo de R$ 130 bilhões para o Brasil. Em 2017, esse número obteve um salto: o país teve um prejuízo de R$ 146 bilhões com a comercialização de produtos falsos, de acordo com o FNCP.

As diferenças entre paralelos, originais e genuínos

Você pode encontrar no mercado algumas nomenclaturas, como eletrônicos falsos, originais e genuínos. Entender a diferença entre cada uma delas é importante para saber realmente o que você está adquirindo. Como já apresentado, os produtos eletrônicos falsos são mais em conta, seu material é de baixa qualidade, prejudicam o eletrônico e causam graves implicações, como incêndios e problemas à saúde do usuário. As genuínas são idênticas as peças originais, seguindo as mesmas características e especificações técnicas. Elas ainda, geralmente, passam por um teste de qualidade e possuem garantia. O aparelho original é o mais indicado. Eles são certificados por órgãos que atestam a qualidade do produto, é fornecido garantia e, normalmente, seu material é mais resistente e não apresenta risco igual aos paralelos.

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