Destaques e design
O design do Echo Show 10 é, no mínimo, bastante curioso. Ele parece ser uma junção de um alto-falante robusto com um tablet flutuando na frente. Por sinal, ele tem uma tela HD de 10,1 polegadas, câmera de 13 megapixels, com dois tweeters e um woofer para entregar um som de alta fidelidade e potência. Na parte de cima, você encontra três botões: dois de volume e um que corta o microfone para bloquear comandos de voz. Do lado direito deles, vemos um botão físico para fechar a câmera e impedir que o Echo Show te siga. Falando nisso, a primeira impressão que tive ao ligar o Echo Show 10 e configurá-lo foi uma grande surpresa. A tela te seguindo de um lado para o outro com certeza é o grande diferencial e leva uns dias para acostumar.
Tela e câmera
Para dar conta do rastreamento, ele tem uma câmera de 13 megapixels. Ela também serve como uma webcam para vídeo-chamadas entre sistemas Echo, ou pelo aplicativo da Alexa no seu celular.
Áudio
Por ter testado ambos os Echo da 4ª geração no mesmo cômodo, tenho que admitir que o Echo Show 10 se mostrou virtualmente bastante similar em termos de qualidade sonora e volume ao modelo maior do speaker. Nas configurações encontramos o equalizador, que pode ajudar o usuário a personalizar o perfil de som que mais combine com o gosto pessoal ou com o tipo de música preferido. No nosso caso, colocar os graves um pouco acima da média enriqueceu o som de maneira considerável, já que o Echo Show 10 estava em cima de uma mesa de madeira. Em volume 50%, ele já dá conta de preencher o som de um ambiente de 10 metros quadrados. Mesmo no volume máximo, não notei nenhuma distorção. Testei de tudo: pop, rock, eletrônico, axé e funk. Em nenhum gênero ele deixou a desejar. Novamente, pode ser que você goste de ouvir mais os vocais e instrumentos do que a batida, ou um solo de guitarra mais rico, então o equalizador vem a calhar para a playlist que você estiver a fim. Nos serviços de streaming, filmes de ação se mostraram o tipo de teste ideal, e ele se saiu bem. O Echo Show 10 ainda pode ser pareado com outro sistema para virar somente o subwoofer, o que pode ser útil para quem colocar o Echo na sala de estar como “plataforma de entretenimento” principal. Outro fator relevante é o quão silencioso é o Echo Show 10: quando tratamos de um speaker giratório com mecanismos que transformam-no quase que em um robô sci-fi, supor que ele faz barulho quando gira é algo automático. Por sorte, o design e a engenharia por trás dele deixam tudo suave e com zero ruídos. Falando nisso, o que gira é a base, não a tela do topo, então o som sempre será disparado na sua direção.
Adaptação à rotina
Como o Echo Show 10 tem dezenas de opções, decidi separar uma lista das funções que testei e mais gostei. Ele pode: Quando você explora as configurações, pode encontrar algumas coisas bastante úteis. Por exemplo, decidi restringir quais aplicativos iriam seguir e também o ângulo de rotação. Para quem ficar mais próximo da tela, a inclinação deve ser para cima. Quando estiver sentado do sofá, ela fica melhor em um ângulo de 90 graus com a mesa, e isso pode ser ajustado manualmente sem problemas. O player do Spotify é um dos pontos mais fracos e limitados do Echo Show 10. Ao invés de mostrar parte da biblioteca, ele só tem sugestões de playlist e comandos básicos de reprodução. Abrir as músicas da sequência ou episódios de um podcast, ajudariam demais na navegação, sem depender de comandos de voz ou do aplicativo do celular. Falando nisso, por algum motivo, o Echo teve alguns problemas de interface ao reproduzir áudio. Assim como o Echo Dot das duas últimas gerações, o sistema Alexa se confunde ao reproduzir músicas, tocando uma música e mostrando outra. Durante o dia, também enviei uma música do aplicativo do Spotify direto pro Echo Show 10 e o volume do speaker foi dos 20 até 100%. O pior é que ele perdeu a conexão com o app do Spotify para o celular com um intervalo até menor que o (meu) Echo Dot.
Conclusão e custo-benefício
O Echo Show 10 cumpre o que é prometido, com um áudio espetacular, design elegante e uma construção robusta. A tela giratória não é um gimmick, nem uma tecnologia que faz com que o produto se venda por conta própria. Ela é um ótimo diferencial, por mostrar uma evolução clara da geração anterior e combinar muito mais com a noção de uma casa inteligente que está sempre à sua disposição.
Especificações do Echo Show 10
