Performance em notebooks ultrafinos

Tradicionalmente tanto a AMD quanto a Intel desenvolvem os processadores série U e H, que servem como as CPUs de baixa tensão e consequentemente menor performance em uma ponta, e na outra ponta corresponde aos chips ultrarrápidos muitas vezes equivalentes aos de desktops. Mas durante a semana de anúncios da CES em janeiro, o lado azul decidiu incrementar sua participação nessa categoria. Ao lançar o processador P-Series, a intenção da Intel é se posicionar entre as CPUs U e H, bem ali no meio, com promessas de aumentar o nível de performance em até 70% quando comparados aos processadores da 11ª geração Tiger Lake. Dentre os destaques estão um ganho de 30% no que diz respeito a produtividade, como navegação na internet, edição de fotos, uso do pacote Office, etc. Como já era de se esperar, esses processadores vão integrar sistemas que são compatíveis com as redes Wi-Fi 6E e 5G, Bluetooth 5.2, portas Thunderbolt 4, técnicas de melhorias de imagem e redução de ruído, além de eficiência energética.

SoC de arquitetura híbrida da Intel

Outra novidade que é esperada é a arquitetura híbrida nesse modelo. A ideia é ter dois tipos de núcleo funcionando em conjunto: cores de alta performance misturados com cores de performance mais baixa para rodar tarefas em segundo plano em um único chip. Os núcleos de alto desempenho, chamados P-Cores (Performance-cores) correspondem à arquitetura Golden Cove; já a arquitetura Gracemont é referente aos núcleos de eficiência, os E-Cores (Efficient-cores). Basta pensar que estamos com um game pesado rodando em primeiro plano, como Fortnite. Os núcleos P de performance estarão trabalhando para rodar especificamente este game, enquanto os núcleos E de eficiência ficam em segundo plano, orientando atividades no background, como um Discord da vida em que você usa para se comunicar com seus amigos. No caso dos processadores P-Series a ideia é ter até 14 núcleos disponíveis, sendo 6 de performance e 8 de eficiência, lembrando que a aplicação desses chips é voltada para o segmento de notebooks finos e leves, otimizados para consumir menos energia. Na parte de placas gráficas, todos os modelos da linha serão equipados com chips Intel Iris Xe, com suporte a display 4K e encoders VP9 e HEVC para edição de vídeos. A compatibilidade com memória RAM inclui módulos DDR5 a 4800 Mhz e DDR4 a 3200 Mhz, além dos padrões LPDDR5 de 5200 Mhz e LPDDR4x a 4268 Mhz.

Performance

Partindo para os gráficos de performance apresentados pela companhia, os processadores P-Series apresentam um bom rendimento no Blender durante modelagem 3D, fazendo a tarefa na metade do tempo em que o antecessor i7-1195G7 fazia, e com uma leve vantagem em relação ao concorrente Ryzen R7 5800U. No quesito dos testes mais populares, como navegação na internet e edição de fotos, o i7-1280P faz 17% a mais de performance contra o mesmo i7-1195G7, que é a base da geração anterior da Intel, enquanto na edição temos um salto de 30%. Mesmo não sendo o foco dos processadores P-Series da Intel, a apresentação ainda comentou levemente sobre a performance em games, e títulos mais simples, como MOBAs, se saem bem numa boa taxa de quadros, assim como jogos competitivos mais leves em qualidade média e/ou alta em Full HD. No aspecto geral utilizando o software CrossMark, que compila dados de produtividade, criatividade e responsividade, o novo Core i7 tem um ganho de 20% nas melhorias citadas, e promete um custo x benefício até que interessante na teoria – embora saibamos que sempre é preciso esperar os testes práticos.

Intel EVO foca no uso doméstico

Além de apresentar mais informações sobre os processadores P-Series, a mini conferência da Intel comentou alguns pequenos detalhes do Intel Evo, seu selo que atua com o Project Athena para desenvolver processadores robustos o suficiente para equipar notebooks ultraleves sem abrir mão da performance e entregando boa eficiência energética ao usuário. As novidades apresentadas são bem conhecidas pelo público geral, como inovações em tecnologias que melhoram a imagem da webcam em videoconferências através de Inteligência Artificial, correção de cor e filtros. Aliás, a Intel vem destacando muito a utilização de IA na melhoria da supressão de ruído. Em teste realizado é possível perceber como o efeito consegue retirar barulhos altos do microfone, mas em contrapartida acaba abafando e por muitas vezes deixando a voz do usuário metalizada.

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E aí, o que achou dos processadores Intel P-Series? Aproveita e confira nossa análise completa, cheia de benchmarks do Intel Core i7-12700K, um dos melhores processadores da atualidade.

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