Nos últimos meses, uma série de investimentos significativos em terrenos virtuais aconteceram dentro do metaverso. A PwC está entre as mais recentes a mergulhar nesta onda, tendo comprado imóveis no The Sandbox, um universo de jogos virtuais, por um valor não revelado. Outra empresa de contabilidade que também entrou neste mercado foi a Prager Metis International LLC, que adquiriu um terreno no Decentraland com uma propriedade de três andares por cerca de US$ 35.000 em dezembro do ano passado. Até as celebridades entraram na onda, com o rapper Snoop Dogg recentemente comprando um terreno no valor de US$ 450.000 para o desenvolvimento do seu “Snoopverse” no The Sandbox. Lembra do exemplo que utilizamos na introdução deste post? Ele também é baseado em fatos reais. No ano passado, uma pessoa comprou um terreno no mundo virtual que Snoop Dogg está desenvolvendo por US$ 450.000 (cerca de R$ 2,5 milhões). Mais do que nunca, os projetos existentes de metaversos estão arrecadando dezenas de milhões de dólares semanalmente, com mais e mais empresas comprando terrenos virtuais e garantindo seu espaço nessa realidade alternativa.

O mercado imobiliário no metaverso

Ainda que o conceito de metaverso não seja algo novo, o assunto ganhou ainda mais relevância após anúncios de grandes empresas, como a Meta, Microsoft e outras que vêm trabalhando em seus próprios metaversos. Essa explosão do conceito de metaverso começou a desencadear um mercado especulativo imobiliário: o de compra de ativos, terrenos, casas e outros bens no mundo virtual. No mês de novembro, uma empresa imobiliária focada no metaverso chamada Metaverse Group, comprou terrenos virtuais na plataforma Decentraland por US$ 2,43 milhões (R$ 13,5 milhões). Alguns dias antes, o governo de Barbados havia anunciado planos para criar uma “embaixada virtual” neste mesmo universo digital. Além disso, a empresa Nova York Republic Realm anunciou um acordo de US$ 4,3 milhões para comprar terrenos digitais no The Sandbox, um dos vários mundos virtuais onde as pessoas podem se socializar, jogar ou ir a shows. O The Sandbox tem se tornado, inclusive, a maior plataforma para este novo mercado de compra e venda de imóveis. Sendo um mundo de jogos online e um dos principais projetos de metaversos, ele permite aos usuários possuir lotes de terra e diversos objetos, como um Second Life aprimorado. Somente entre os dias 22 e 28 de novembro do ano passado, mais de US$ 86 milhões foram movimentados em transações únicas de terrenos virtuais. A Decentraland é outro projeto de metaverso que também tem crescido de maneira expressiva nos últimos meses e movimentado milhões de dólares com a compra e venda de imóveis e terrenos virtuais. Ocupando a segunda posição, a plataforma vendeu US$ 15,5 milhões em terrenos digitais no mesmo período. Juntando com o valor movimentado pela The Sandbox, em apenas uma semana mais de US$ 100 milhões foram gastos com esses ativos vinculados aos metaversos, valor recorde até então, segundo o site especializado em análise de dados, o DappRadar. Ainda segundo os dados divulgados, outras plataformas também figuram entre as mais disputadas nesse mercado em ascensão. Entre elas estão a CryptoVoxels e Somnium Space, que venderam respectivamente US$ 2,6 milhões e US$ 1,1 milhão no mesmo período que as suas maiores concorrentes.

O futuro do mercado imobiliário no metaverso

Você pode estar se perguntando o que empresas e indivíduos realmente farão com suas terras virtuais. Como exemplo, a compra do Metaverse Group está num bairro tido como uma espécie de Quinta Avenida do metaverso, um distrito da moda da Decentraland. Segundo o comprador, o espaço será usado para sediar eventos de moda digital e vender roupas virtuais para avatares — outra área com potencial de crescimento no metaverso. Recentemente, a One Sotheby’s International Realty, a Voxel Architects e o empreiteiro e colecionador de NFTs Gabe Sierra apresentaram a primeira mansão “MetaReal”, que inclui uma casa no mundo real e uma versão virtual no metaverso. A casa virtual ficará dentro do metaverso The Sandbox. O comprador do ativo NFT também adquirirá os direitos de propriedade de uma casa física, que está sendo construída em Miami e deverá ser concluída até o quarto trimestre deste ano. Este é o primeiro negócio do tipo já realizado no mundo. A casa em Miami será construída em um terreno de 4.000 metros quadrados, em um dos bairros mais prestigiados da cidade. O imóvel contará com uma área útil de mil metros quadrados, além de sete quartos e nove banheiros. De acordo com a Voxel Architects, a versão digital da propriedade terá as mesmas características da sua versão física. “Acreditamos que o metaverso é a próxima evolução da conexão social e terá um papel no futuro do mercado imobiliário de uma forma ou de outra”, disse Daniel de la Vega, presidente da One Sotheby’s International Realty, à Forbes. “Vender uma mansão do mundo real através do metaverso é algo que ninguém fez antes e sentimos que este conceito criará uma experiência única para o cliente.” Embora investidores e empresas estejam dominando esse espaço no momento, nem todos os imóveis do metaverso custarão milhões. Mas o que a posse de um terreno virtual poderia oferecer a você? Se você comprar uma propriedade física no mundo real, o resultado é tangível — um lugar para morar, para se orgulhar, para receber familiares e amigos. Embora a propriedade virtual não forneça abrigo físico, existem alguns paralelos. Ao comprar imóveis virtuais, você pode comprar um terreno para construir. Ou você pode escolher uma casa já construída que você gosta. Você pode torná-lo seu com vários objetos (digitais). Será possível convidar visitantes e visitar as casas virtuais de outras pessoas também. Embora pareça que os valores estão subindo, é importante ressaltar que o investimento imobiliário no metaverso permanece extremamente especulativo. Ninguém pode ter certeza se essa novidade é realmente o futuro do mercado imobiliário ou não passa de uma grande bolha.

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Ficou atraído por essa proposta de compra e venda nos metaversos? O Showmetech preparou um tutorial para você que trabalha com artes e deseja criar e vender as suas em NFT. Fontes: The Conversation, iTechPost, Forbes, DappRadar.

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