1º contato presencial de Musk com o Twitter

Nessa última quinta-feira (10) Elon Musk chamou funcionários para uma reunião geral improvisada na sede do Twitter em São Francisco, dando aos trabalhadores um aviso prévio de uma hora. Isso aconteceu depois que Musk mais cedo naquela manhã enviou um e-mail à equipe do Twitter, sua primeira comunicação em toda a empresa desde que assumiu o cargo há quase duas semanas. Nessa nota ele encerrou o trabalho remoto e alertou os funcionários que o “quadro econômico à frente é terrível”. A maioria das perguntas durante a reunião estava relacionada ao seu e-mail e à recente série de demissões de líderes da empresa após a demissão em massa da semana passada, incluindo aqueles que lideram a segurança, privacidade e conformidade dos sistemas internos. Um exemplo está para Yoel Roth, chefe de confiança e segurança do Twitter, que deixou a empresa nessa mesma quinta-feira. Um funcionário perguntou por que Musk parou de trabalhar em casa, e o bilionário parecia “visivelmente irritado” e foi bastante curto e grosso ao dizer que é assim que a empresa operará daqui para frente, de acordo com uma pessoa que estava presente na reunião. Outro funcionário perguntou a Musk como ele planeja lidar com o atrito no Twitter.

Musk não descarta falência da rede

Musk mencionou a ideia de falência depois de ser perguntado por outro funcionário sobre o que aconteceria se seus planos de aumentar a receita da empresa, agora baseados em grande parte na construção de um negócio de assinaturas, não dessem certo. Uma pessoa que estava presente na reunião disse que os demais funcionários não esperavam por alguma resposta dessa maneira. A falência é normalmente vista como um último esforço das empresas, mas pode acabar sendo benéfica para o Twitter, já que Musk o carregou com dívidas para financiar sua compra alavancada de US$ 44 bilhões. O Twitter agora tem mais de US$ 10 bilhões em dívidas. Os pagamentos de juros podem ser tão altos que a empresa pode ter dificuldades para cumprir essas obrigações, especialmente se os anunciantes estiverem recuando durante uma economia fraca. Depois que Elon Musk assumiu as rédeas da rede social, muitos anunciantes se desvencilharam. Nomes extremamente conhecidos, com bastante influência e possivelmente alta capacidade financeira, já se retiraram, como Audi, Disney, General Motors, Häagen-Dazs, Oreo, Pfizer, Volkswagen e muitos outros. Mesmo antes do acordo, o Twitter já lutava para obter lucro. Uma falência daria a Musk a chance de cortar essa carga de dívidas e reduzir os pagamentos de juros. A punição por tal movimento seria que os credores e detentores de títulos do Twitter provavelmente teriam uma grande participação na empresa, em troca de desistir de seu direito de receber os juros e o principal que lhes são devidos. O resultado, em teoria, significaria que Musk e outros investidores em seu negócio teriam muito menos Twitter, mas ele ainda poderia manter o controle. O CEO não se esquivou da ideia de falência no passado. Em junho, Musk disse estar preocupado em manter a Tesla fora da falência em meio a problemas na cadeia de suprimentos. Veja também E se você não tá entendendo o que aconteceu, aqui nós explicamos! Confira no link a seguir: Elon Musk demite 3.700 funcionários do Twitter de uma só vez. Fonte: Reuters, Engadget e Insider.

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