Criado por John Whipple, desenvolvedor de software, o site funciona como um alerta de gatilho e já possui em torno de 6.000 títulos registrados. Em entrevista ao site Life Hacker, Whipple conta que o desenvolvimento do projeto surgiu a partir de um comentário de sua irmã. “Originalmente foi uma ideia da minha irmã. Ela achava frustrante assistir a filmes com cachorros porque a preocupação com que eles sobrevivam na trama faz com que seja impossível aproveitar o filme”, comentou Whipple.  Ainda que a ideia inicial fosse contemplar apenas gatilhos em filmes envolvendo cachorros, o acervo expandiu a abordagem de temas. São mais de 80 categorias de fobias em filmes, séries, livros e videogames que incluem tópicos específicos sobre formas de violência — como suicídio, agressão, estupro, entre outros — e diversos tipos de fobia, como de agulha, fantasmas, cobras, palhaços e por aí vai. Whipple comenta que a maioria dos tópicos sobre fobia em filmes foram sugeridos pelo público. “Rastrear quais filmes têm efeitos estroboscópicos, por exemplo, não era o que tínhamos em mente ao iniciar o site, mas fico feliz em poder ajudar”, disse em entrevista ao Live Hacker.  Além de servir como alerta de gatilho, o site pode ser um ótimo guia para os pais e responsáveis que gostariam de filtrar filmes, por exemplo, para seus filhos de acordo com o conteúdo que precisa ser evitado. Caso tenha curiosidade, também é possível conferir os títulos mais comentados no momento.

Como funciona o Does the Dog Die?

O acervo conta com a contribuição dos usuários para alimentar o banco de dados. Ao clicar em um título, aparecerá uma tela com alguns gatilhos e uma votação ao lado com as opções de sim ou não. Após o login com uma conta do Google, do Facebook ou Twitter, caso tenha visto, lido ou jogado, você pode votar se houve determinado gatilho e deixar um comentário mais específico sobre ele para alertar os outros leitores. Nem sempre há consenso, como podemos ver no exemplo abaixo. Dependendo do tópico, algumas cenas podem se encaixar como gatilho e outras não, então é importante que, além da votação, as pessoas deixem por escrito suas impressões para ajudar os outros a decidirem se está tudo bem ver, ler ou jogar aquela obra ou não.  Existem dois detalhes que ainda devem ser aprimorados e podem atrapalhar a experiência do usuário no site. O primeiro é que ele só está disponível em inglês. O segundo é que muitas vezes pode haver uma confusão entre títulos idênticos. Ou seja, avisos de conteúdos sensíveis da série Teen Wolf, por exemplo, já apareceram na página do filme de mesmo nome, além de alguns livros serem pontuados com alguns gatilhos que, na verdade, surgem em suas adaptações cinematográficas.

Indicações semelhantes para gatilhos em filmes

Apesar desse detalhe, o banco de dados se revela muito funcional e pode ser até associado a outros acervos com propósitos semelhantes. Um caso que pode ser citado é que ao acessar o tópico “Is someone sexully assauteld?” (“alguém foi agredido sexualmente?”, em tradução livre) você encontra uma indicação para o site Unconsenting Media, especializado em rastrear conteúdos com violência sexual na mídia de forma mais meticulosa.  Os dois acervos são ótimos alertas para conteúdos sensíveis em filmes, séries, livros e jogos e, ao lado deles, também podemos encontrar o Common Sense Media — focado em mostrar conteúdos que podem ser famosos entre crianças e adolescentes e o quão recomendável são para consumir — e o Where’s the Jump? para quem não é muito fã de jumpscares/sustos imprevisíveis. É claro que o objetivo não é estragar a experiência das pessoas e já entregar a história toda, mas sim mostrar ser possível evitar situações as quais despertam incômodo e agravam fobias. Por experiência própria, evitei uma das maiores fobias em filmes ao consultar antes sobre O Homem Duplicado (2013) — que acabou virando um podcast para mim, pois o enredo é bem gráfico se tratando de aranhas. “Nosso foco é permitir que as pessoas desfrutem da mídia sem medo de encontrar uma surpresa desencadeadora indesejada”, explica, por fim, o criador do Does the Dog Die?.  O site também está disponível para dispositivos Android e iOS. Veja também: Netflix cobrará taxa adicional para quem dividir assinatura Os melhores sites para assistir filmes online grátis em 2022 Fontes: Does the Dog Die?, Live Kindly e Life Hacker

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